Relembrando o
Meu Processo de Alfabetização
Reflexões em
TAELP II
Autor: Andréa
Félix da Silva Santos
Esta é a casa, onde
vivi minha infância
Sabendo-se
que o processo de alfabetização é o começo da construção de
significados na vida de uma criança,venho neste momento compartilhar
de uma experiência um tanto quanto curiosa que, começou a alguns
anos atrás.Venho de uma família de onze irmãos, onde sou
a sétima desta grande família, fui para a escola com sete
anos de idade, o nome da escola é: Escola Everaldo Bacelar, que fica
localizada na cidade de Itaberaba - Bahia.
Me recordar desta fase da minha vida é desafiador, pois sendo de uma família muito grande as dificuldades também eram muito grande. Porém este foi o único ano em que eu lembro que tive material escolar para estudar. Voltando para o processo de alfabetização, gostaria de falar da minha primeira professora , lembro que seu nome era Deca, aquela pró, pois é assim que chamávamos as professoras na minha cidade lá do interior da Bahia, que tem um céu estrelado como nunca vi em outro lugar do mundo.
Me recordar desta fase da minha vida é desafiador, pois sendo de uma família muito grande as dificuldades também eram muito grande. Porém este foi o único ano em que eu lembro que tive material escolar para estudar. Voltando para o processo de alfabetização, gostaria de falar da minha primeira professora , lembro que seu nome era Deca, aquela pró, pois é assim que chamávamos as professoras na minha cidade lá do interior da Bahia, que tem um céu estrelado como nunca vi em outro lugar do mundo.
Para, começar eu lembro com muito carinho, que minha mãe me forçava
comer ovos semi-crus pois, ela falava que fazia bem para a
mente, ou seja, ela dizia que se eu comesse ovos crus eu iria
aprender a ler mais rápido, eu tinha pavor de ovos crus .Lembro
também que eu tinha muitas dificuldades de aprendizagem,
portanto, minha mãe me colocou para fazer aula de reforço,
devo lembrar que essas aulas não aconteciam na escola, era na casa
de D. Norina. Vou contar como foi esta experiência: para começar
este tipo de escolarização era chamada de banca, onde, uma pessoa
dava aulas em sua própria casa, eu era uma criança de sete anos de
idade, que foi submetida a tortura, pois D. Norina tinha uma
régua de madeira que usava para supostamente corrigir meus erros, e
também me punha de joelhos no milho até que eu aprendesse a ler o
alfabeto.
Outra coisa curiosa é o fato de que o nosso alfabeto baiano, tem uma
sonoridade peculiar, por exemplo: o F tem o som de Fe, o G tem o som
Ge, e o S tem o som de Si, etc. Para finaliza, gostaria de dizer que
essas questões não me prejudicaram no meu desenvolvimento escolar,
pois nunca repetir de série na escola e, sobretudo me fortaleceu
para continuar buscado meios para fazer da educação um meio de
mudança para realidade de muitas crianças, que não têm
perspectivas de crescimento intelectual, político e social, pois ,
hoje estou tornando-me uma educadora.
Andrea, encontrei seu texto... Muito bom conhecer um pouco de sua trajetória na alfabetização... As aprendizagens ocorrem a todo momento em nossa vida... É uma construção constante... Parabéns!
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